Em junho de 2024, o Esplar completa 50 anos dedicados ao fortalecimento da agricultura familiar, à promoção da agroecologia e à defesa dos direitos das mulheres no semiárido cearense. Para celebrar o aniversário, o Esplar lançou, no último dia 05 de abril, um selo que representa esta trajetória.
A marca foi produzida pelo designer Eri Filho em conjunto com a Comissão dos 50 Anos do Esplar. As palavras Agricultura Familiar, Agroecologia e Direito das mulheres são gravadas no selo juntamente com o capulho do algodão e um símbolo que reflete a perspectiva feminista de nossas ações ao longo desse tempo.
Eri descreve a construção de sentidos do emblema:
O selo é composto pelo numeral 50 formado por um algodão brotando e ganhando vida, assim como as vidas impactadas pelo trabalho do Esplar, seguida da simbologia do feminino”. A marca acompanha as cores da logo principal, priorizando a “expertise do tempo de vida da instituição.
Junho de 74
Fundado pelo agrônomo Pedro Jorge, em parceria com Maria Luísa e João Alfredo, em 15 de junho de 1974, o Esplar dava início a sua jornada com o nome de “Escritório de Pesquisa, Planejamento e Assessoria em Desenvolvimento Rural”, nome que forma a sigla utilizada até hoje pela organização.
Eram tempos de repressão da ditadura, então a intenção de apoiar trabalhadoras e trabalhadores rurais a partir dos seus sindicatos e organizações sociais foi nomeada de “escritório”. Dez anos depois, o Esplar deixa de ser um escritório e se torna uma organização não-governamental.
Em 1987, o Esplar teve seu primeiro contato com a agroecologia, através de um curso ministrado por Rodrigo Sánchez e Raúl Palomino, ambos do Instituto Regional de Ecologia Andina. Dois anos depois, iniciaria o Grupo de Estudos sobre o Algodão com as técnicas, os técnicos, agricultoras e agricultores. Este processo dá origem ao projeto Algodão em Consórcios Agroecológicos.
Era uma coisa inimaginável você pensar numa possibilidade de romper com o sistema tradicional: tinha duas ou três usinas grandes de beneficiamento e todo o mundo que plantava algodão tinha que entregar para uma dessas usinas para beneficiar. Fora a maioria que entregava para o patrão, e o patrão era quem vendia(Fala de Pedro Jorge no livro-homenagem de 40 anos do Esplar).
Com o passar do tempo, as práticas agroecológicas foram fazendo parte da organização. Desde então, o Esplar foi intercambiando conhecimentos com as comunidades rurais, as redes e as universidades.
Junho de 24
No decorrer dessas cinco décadas, o Esplar atuou com diversas organizações com trabalhos na temática da agroecologia e da justiça ambiental, promovendo a soberania alimentar e nutricional com foco na agricultura familiar.
A organização atuou pela igualdade de gênero sob a perspectiva feminista, trabalhando junto com grupos de mulheres e em redes, levando esse debate nas aldeias, quilombos e assentamentos.
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