O evento promoveu reflexões sobre a linha do tempo municipal e traçou estratégias para o fortalecimento dos sistemas agroalimentares do território.
O Esplar realizou, no dia 28 de novembro, o Fórum Multiatores, na sede da Associação Comunitária dos Produtores na Agricultura Familiar de Irapuá (APAFI) em Nova Russas. O evento reuniu representantes da sociedade civil, do poder público e do setor privado. No Fórum, as pessoas participantes revisaram a trajetória da linha do tempo de Nova Russas, realizada no encontro anterior, complementaram as informações sistematizadas e definiram estratégias para fortalecer as redes de agroecologia no território e suas ações conjuntas.
Ronildo Mastroianni explicou o objetivo da proposta:
Se quer com essa atividade construir uma análise da trajetória do município, observando quais foram os pontos importantes para as grandes mudanças ou os que trouxeram grandes conflitos e ameaças e os que, ainda no tempo do agora, podem continuar fortalecendo ou enfraquecendo as comunidades”.
Entre os presentes estavam representantes do STRAAF de Nova Russas, da ACEPI, do MOARTI, do Grupo de Mulheres Abelhas do Sertão, da Associação de Apicultores, dos Grupos do Projeto Algodão em Consórcios Agroecológicos, das Casas de Sementes, do Observatório Terra Molhada, da Secretaria de Agricultura e da Secretaria de Educação de Nova Russas, do Conselho Municipal de Alimentação e de Conservação Ambiental, do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e do Banco do Nordeste.
Esta ação integra o Projeto Cultivando Futuros, que busca aumentar a participação das comunidades na formulação e implementação de políticas públicas voltadas para a agroecologia e o fortalecimento dos sistemas alimentares.
Vanusa Inácio, agricultora da Irapuá e secretária da Associação Agroecológica de Certificação Participativa dos Inhamuns/ Cratéus (ACEPI), compartilha as expectativas a partir da realização do Fórum:
É que mais pessoas se tornem agroecológicas, tenham controle sobre o próprio alimento, tanto para si mesmas quanto para comunidade e que isso se estenda para os nossos jovens e para as nossas crianças”.
A partir da partilha e complementação das sistematizações da Linha do Tempo Municipal e do mapeamento de políticas públicas e ações voltadas para o fortalecimento da agroecologia em Nova Russas, houve a divisão das pessoas participantes em grupos para dialogarem prioridades e estratégias para a implementação no município.
Ronildo avalia o impacto do evento:
O Fórum é um grande espaço democrático, espaço de reflexão coletiva, onde se identifica as demandas, trazendo o debate para a realidade do agora e pensando o futuro a longo e médio prazo. Foi um momento de construção de possibilidades entre os diferentes atores do território na perspectiva de favorecer o desenvolvimento comunitário e o fortalecimento do sistema agroalimentar de Nova Russas”.
Durante o Fórum Multiatores, diversos participantes destacaram a importância da participação social para garantir que as comunidades tenham acesso efetivo às políticas públicas. Núbia Carvalho, moradora Assentamento Morro Agudo e representante do STRAAF Nova Russas e do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDS), reflete:
Uma preocupação do sindicato hoje é que toda política perpassa pela associação. Irapuá só recebe essa amplitude de ações, seja da sociedade civil, seja do Estado, porque eles estão organizados, então é importante que outras comunidades também estejam organizadas”.
João Paulo Andrade, representante da Secretaria de Agricultura de Nova Russas no evento, reforçou a importância do Fórum:
O encontro de hoje foi muito importante, com esse levantamento de dados a gente consegue produzir, fazer planos de trabalho para pensar ações, sabendo o perfil de cada comunidade, as cadeias com que elas se identificam”.
Esta ação faz parte do projeto Cultivando Futuros: transição agroecológica justa em sistemas alimentares do semiárido brasileiro, realizado pela Rede ATER Nordeste de Agroecologia, AS-PTA e Brot für die Welt, com financiamento do Ministério Federal da Alimentação e Agricultura da Alemanha (BMEL).
O Esplar faz parte da Rede, que está implementando o projeto nos estados da Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Ao todo, a metodologia do Lume municipal será aplicada em 12 cidades.
A equipe técnica do Esplar, engajada na atividade, foi composta por Ronildo Mastroianni, Samara Santos, Antônio Marques, Deninha Maia, Marcela Caldas e Dani Guerra.
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