
Oficina em Quixeramobim demonstra como soluções de baixo custo podem garantir saúde e qualidade de vida para as famílias no semiárido.
Entre os dias 02 e 05 de setembro, o Esplar participou da Oficina para Implementação de Tecnologias Sociais de Saneamento Rural na comunidade Santo Amaro, no município de Quixeramobim, juntamente com as outras oito entidades que compõem o Fórum Cearense pela Vida no Semiárido (FCVSA).
A atividade aconteceu no quintal da dona Carola e do seu Pádua com o objetivo de demonstrar como essas soluções podem ser implementadas no cotidiano das comunidades.
Além da oportunidade de aprender sobre uma tecnologia social que busca promover o saneamento rural de forma socioambientalmente justa, também tivemos a chance de construir, na prática, o sistema e todos os seus componentes”, conta Lethicia Porto, técnica do Esplar.
Na atividade, estiveram presentes a técnica do Esplar, Lethicia Porto, o cisterneiro, Danilo Teixeira e a comunicadora, Dani Guerra.
De acordo com o IBGE (2023), apenas 10% dos domicílios localizados em áreas rurais têm acesso a esgotamento sanitário adequado. Isso resulta em grave contaminação do solo e das fontes de água (rios, açudes e lençóis freáticos), morte da fauna e flora locais, além do adoecimento da população e consequente impacto na saúde pública.
No entanto, tecnologias simples e de baixo custo podem modificar esse cenário, transformando o que poderia causar doenças e poluição em fontes de irrigação e adubo orgânico. Na Oficina, foram construídas duas tecnologias com esse intuito: o Sistema de Reuso de Água Cinza e a Fossa Ecológica.
A primeira filtra e permite a reutilização das águas que vem das pias e dos chuveiros, por meio de um processo de filtragem física e biológica, que possibilita o reuso da água nas raízes das plantas por gotejamento. Já a segunda tecnologia oferece uma alternativa segura e sustentável para tratar o esgoto doméstico por meio de câmaras de fermentação e plantas, que auxiliam na filtragem final.
A fossa ecológica funciona como uma bacia de evapotranspiração, transformando os rejeitos do vaso sanitário familiar em produção de frutas seguras para o consumo humano. Essa ação de saneamento rural tem potencial para transformar toda uma comunidade, ao evitar a deposição de esgotos diretamente no ambiente”, reflete Lethicia.
Com o suporte da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA) e do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), o estado está implementando, ao todo, 191 tecnologias sociais de saneamento rural. Dessas, o Esplar vai executar 30 no município de Barreira.
A iniciativa representa não apenas uma ação técnica, mas uma resposta concreta às demandas das comunidades do semiárido por dignidade, saúde e qualidade de vida.
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