O trabalho que traz dinheiro para casa é sempre o mais valorizado na nossa sociedade.

O ganho monetário dá mais brilho aos olhos do que aquele outro tipo de riqueza que enche o prato, que proporciona alimentação saudável para a família. Dona Joana Damasceno de Sousa, do assentamento Lagoa do Norte, em Nova Russas, encontra dificuldade de conscientizar a família sobre a riqueza do quintal produtivo que ela cuida com tanto amor e dedicação. Mesmo sendo do quintal de onde vêm as frutas e as verduras usadas diariamente nas refeições. “A mãe diz que ganha tanto. Cadê esse dinheiro?”, questiona o filho. “Tá aí, ó! O que você está comendo aí. Você diz que eu não trabalho. Vai olhar o meu quintal”, responde uma firme e decidida Joana.

O trabalho doméstico é menosprezado até menos pelos próprios familiares, assim como o quintal produtivo de dona Joana. No entanto, ela não esmorece. Ela sabe do seu valor e do valor do seu trabalho. Mas nem sempre foi assim. Dona Joana nem mesmo tinha noção da dimensão da riqueza de seu quintal até começar a colocar em prática a caderneta agroecológica, um instrumento para mensurar e visibilizar o trabalho de agricultoras agroecológicos. E foi por meio do projeto Educação para a Liberdade que ela conheceu a ferramenta. “A gente só pensa que o lucro é dinheiro. O que você se alimenta, o que você dá, você não coloca como lucro. Na caderneta, a gente percebe que tem lucro sim”, garante.

Todo dia, dona Joana anota em sua caderneta tudo do quintal que é consumido, dado ou vendido, entre as 15 espécies produzidas no local. “Meu quintal é um lugar tão especial na minha vida. É um trabalho, é um lazer, é uma terapia, é tudo. É um lugar tão abençoado para mim que eu tenho até ciúme. É um lugar sagrado. Eu me sinto muito bem. Lá eu rezo, lá eu canto”, compartilha a agricultora. Ter o seu quintal produtivo era o seu sonho quando passou a frequentar as reuniões com o grupo de mulheres. Após a união das mulheres, as conquistas foram muitas, entre elas a permanência da escola na comunidade. “O grupo representa força. Força para continuar”, afirma.

O empoderamento que dona Joana encontrou na união com outras mulheres do assentamento trouxe diversos frutos para seu desenvolvimento pessoal e sua autoestima. “Eu era uma pessoa tímida demais. Mas tinha muitos sonhos. Eu nunca estudei. Nunca fui à escola. Meu aprendizado foi sozinha. Eu tinha esse sonho de, pelo menos, me desenvolver em reuniões em grupo. Saber coordenar alguma coisa. Era meu sonho”, conta a agricultora. Além disso, o grupo também foi o espaço de conhecer seus direitos e lutar contra as desigualdades para si mesmas e para outras mulheres. “Quando a gente vê uma mulher submissa ao marido, a gente sofre muito. A gente tenta. É um desafio. A gente tenta levar uma mensagem de paz e esperança”, relata.

O trabalho que traz dinheiro para casa é sempre o mais valorizado na nossa sociedade.

O ganho monetário dá mais brilho aos olhos do que aquele outro tipo de riqueza que enche o prato, que proporciona alimentação saudável para a família. Dona Joana Damasceno de Sousa, do assentamento Lagoa do Norte, em Nova Russas, encontra dificuldade de conscientizar a família sobre a riqueza do quintal produtivo que ela cuida com tanto amor e dedicação. Mesmo sendo do quintal de onde vêm as frutas e as verduras usadas diariamente nas refeições. “A mãe diz que ganha tanto. Cadê esse dinheiro?”, questiona o filho. “Tá aí, ó! O que você está comendo aí. Você diz que eu não trabalho. Vai olhar o meu quintal”, responde uma firme e decidida Joana.

O trabalho doméstico é menosprezado até menos pelos próprios familiares, assim como o quintal produtivo de dona Joana. No entanto, ela não esmorece. Ela sabe do seu valor e do valor do seu trabalho. Mas nem sempre foi assim. Dona Joana nem mesmo tinha noção da dimensão da riqueza de seu quintal até começar a colocar em prática a caderneta agroecológica, um instrumento para mensurar e visibilizar o trabalho de agricultoras agroecológicos. E foi por meio do projeto Educação para a Liberdade que ela conheceu a ferramenta. “A gente só pensa que o lucro é dinheiro. O que você se alimenta, o que você dá, você não coloca como lucro. Na caderneta, a gente percebe que tem lucro sim”, garante.

Todo dia, dona Joana anota em sua caderneta tudo do quintal que é consumido, dado ou vendido, entre as 15 espécies produzidas no local. “Meu quintal é um lugar tão especial na minha vida. É um trabalho, é um lazer, é uma terapia, é tudo. É um lugar tão abençoado para mim que eu tenho até ciúme. É um lugar sagrado. Eu me sinto muito bem. Lá eu rezo, lá eu canto”, compartilha a agricultora. Ter o seu quintal produtivo era o seu sonho quando passou a frequentar as reuniões com o grupo de mulheres. Após a união das mulheres, as conquistas foram muitas, entre elas a permanência da escola na comunidade. “O grupo representa força. Força para continuar”, afirma.

O empoderamento que dona Joana encontrou na união com outras mulheres do assentamento trouxe diversos frutos para seu desenvolvimento pessoal e sua autoestima. “Eu era uma pessoa tímida demais. Mas tinha muitos sonhos. Eu nunca estudei. Nunca fui à escola. Meu aprendizado foi sozinha. Eu tinha esse sonho de, pelo menos, me desenvolver em reuniões em grupo. Saber coordenar alguma coisa. Era meu sonho”, conta a agricultora. Além disso, o grupo também foi o espaço de conhecer seus direitos e lutar contra as desigualdades para si mesmas e para outras mulheres. “Quando a gente vê uma mulher submissa ao marido, a gente sofre muito. A gente tenta. É um desafio. A gente tenta levar uma mensagem de paz e esperança”, relata.