Quantos mais? | Brasil lidera em número de assassinatos de defensores ambientais

29/05/2023 21:04:23

O Brasil está em primeiro lugar no ranking de mortes de ativistas que defendem o meio ambiente e o direito à terra em 2014.

Os dados foram divulgados, na última segunda-feira (20/4), no relatório da organização não governamental (ONG) Global Witness. Entre 2012 e 2014, ocorreram 477 assassinatos de ativistas no Brasil.

Em 2014, foram 29 ativistas mortos no Brasil, quatro vítimas eram indígenas. A Colômbia está em segundo lugar, com 25 assassinatos (metade indígena). Em seguida estão Filipinas (15), Honduras (12) e Peru (9).

O relatório, intitulado “Quantos mais?”, trouxe ainda o dado de que houve 116 mortes em 2014 nos 17 países pesquisados. Isso resulta em um aumento de 20% em relação ao ano de 2013. 40% dessas vítimas eram indígenas. A maior parte dos assassinatos ocorreu na América do Sul e Central. O Sudeste Asiático é a segunda região mais afetada.

Além das mortes, a publicação apresenta denúncias de ativistas que são perseguidos e ameaçados de morte e faz um apelo para que os governos e a comunidade internacional investiguem os crimes e punam os culpados. Os países pesquisados foram Brasil, Colômbia, Filipinas, Honduras, Peru, Guatemala, Tailândia, Paraguai, México, Indonésia, Miamar, Equador, Uganda, Índia, Costa Rica, África do Sul e Camboja.

A Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República se posicionou informando que o Brasil conta com um programa pioneiro de proteção aos defensores dos direitos humanos. Atualmente, o Programa de Proteção a Defensores de Direitos Humanos tem 415 ativistas sob proteção. Desses casos, 142 envolvem a luta pelo direito à terra, 111 os direitos dos povos indígenas e 50 a luta pela defesa do meio ambiente.

Para ingressar no programa, é preciso que haja solicitação formal. Entre as medidas protetivas estão: visitas no ambiente de atuação do defensor, articulação com órgãos envolvidos na solução das ameaças e solicitação às autoridades competentes de proteção policial em casos de grave risco e vulnerabilidade.

Fonte: Agência Brasil Global Witness

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