São 800 famílias a ter garantidas assistência técnica e extensão rural em uma perspectiva agroecológica. O projeto, que é oriundo de uma chamada pública do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), visa consolidar e ampliar processos já existentes de promoção da agroecologia e possibilitar o desenvolvimento dos sistemas de organização de famílias agricultoras.

O Esplar começou a execução do projeto em setembro e  a duração é de três anos. O primeiro passo está sendo a construção de diagnósticos das famílias beneficiadas, identificando necessidades e potencialidades das mesmas, para que seja possível realizar assessorias técnicas que correspondam ao perfil de cada família. O ATER Agroecologia pretende assessorar famílias que já desenvolvem produção agroecológica ou que estão em fase de transição. O projeto também deve considerar durante sua execução as diretrizes da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO).

Os municípios beneficiados pelo projeto são Massapê, Santana do Acaraú, Sobral, Marco, Morrinhos, Senador Sá, Bela Cruz, Forquilha, Meruoca e Alcântaras. O Esplar também teve outro projeto ATER Agroecologia aprovado por chamada pública para a região dos Inhamuns, mas espera aprovação do MDA para convocar a equipe e iniciar os trabalhos.

Assistência Técnica e Extensão Rural

A Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) consiste no acompanhamento continuado por técnicos/as agrícolas a agricultores/as. O objetivo é otimizar a produção deles/as, em um processo de troca, no qual agricultor/a e técnico/a compartilham conhecimentos para encontrarem as melhores técnicas e soluções para suas limitações e potencialidades.

Quando falamos em ATER Agroecologia, delimitamos que essa assistência será feita sempre em uma perspectiva agroecológica. 

Agroecologia e Feminismo

O Esplar também executa o “Assistência Técnica para Mulheres: uma perspectiva feminista e agroecológica”, projeto de assistência técnica e extensão rural que tem como foco principal as mulheres agricultoras. O projeto é oriundo de chamada pública do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e do MDA. Sara Moreira, técnica do Esplar, explica que a diferença entre este projeto e o ATER Agroecologia é que o foco do ATER Mulheres é o processso organizativo das mulheres agricultoras, como forma de fortalê-las social e politicamente: “O ATER Mulheres traz a agroecologia como sugestão”, pondera, afirmando que o Esplar sempre trabalha em uma perspectiva agroecológica.

Além disso, o projeto realizado em seis municípios da região dos Sertões de Canindé considera as diretrizes do Plano Brasil sem Miséria, participando do ATER Mulheres somente agricultoras com renda de até 70 reais mensais.