O GAM tem o objetivo de fortalecer a cadeia de algodão agroecológico no Ceará.
O histórico Grupo Agroecologia e Mercado (GAM) retomou suas atividades em janeiro de 2022, em uma reunião online, com a participação de pessoas que integram o trabalho com algodão agroecológico e representantes de sindicatos dos municípios de Nova Russas, Tamboril, Monsenhor Tabosa, Crateús, Tauá, Choró, Quixadá e Quixeramobim. Há 12 anos, o GAM foi criado para contribuir no avanço e no desenvolvimento dos consórcios agroecológicos com algodão no semiárido cearense. “O GAM surgiu da necessidade de melhorar a comunicação e articulação entre os/as agricultores/as que estavam a frente do trabalho, em seus respectivos territórios. Era um grupo de monitoramento, planejamento, avaliação, proposição e discussão técnico política a partir do algodão”, relata Ronildo Mastroianni, técnico do Esplar.
Para Ronildo, o GAM tem o desafio de articular questões que envolvem segurança alimentar, geração de renda e preservação e conservação do ambiente. “Estamos apostando que no novo GAM teremos novas oportunidade de trocar experiências, de pensar coletivamente e em rede, traçar e fortalecer estratégia de sustentabilidade para os consórcios com algodão e demais culturas de valor, como o gergelim e o milho”, avalia Ronildo.
A retomada do GAM terá importante impacto na cadeia produtiva do algodão agroecológico no Ceará ao possibilitar a ampliação de parcerias e a articulação em redes. Essa estratégia contribuirá para o fortalecimento institucional dos Organismos Participativos de Avaliação da Conformidade Orgânica (OPACs) acompanhados pelo Esplar no projeto Consórcios Agroecológicos com Algodão: a Associação Agroecológica de Certificação Participativa Inhamuns/Crateús (ACEPI) e a Associação de Certificação Participativa Agroecológica Sertão Central (ACEPA).
O agricultor familiar Vicente Neto, da comunidade Irapuá, de Nova Russas, participou do GAM desde a sua formação. Ele ressalta que a iniciativa é de extrema necessidade por promover debates e definir ações não apenas para a produção, mas também para a comercialização do algodão agroecológico. “Não adianta a gente ter todo o trabalho agroecológico, mudar aquele sistema predador e parar de queimar e derrubar a caatinga, e entregar a produção para o sistema convencional e o mercado de atravessadores. O GAM teve o papel de definir práticas dentro de todo esse território que abrange o Estado do Ceará, e de comercializar essa produção no sistema justo, que fosse justo para todo mundo, para agricultores, para quem comprar, quem consumir”, pondera Neto.
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