Mulherem indígenas buscam apoio de Maria na Penha para a luta por políticas públicas e legislações específicas para a realidade das aldeias.
O Projeto Tucum - a força da resistência indígena articulou o primeiro encontro das mulheres indígenas com a Maria da Penha e uma representante do Instituto Maria da Penha. Durante o encontro virtual, elas conversaram sobre a situação das mulheres indígenas, a violência nas aldeias e a necessidade de políticas públicas e legislações específicas para a realidade indígena.
“Conversarmos sobre como a Lei Maria da Penha pode estar mais próxima no sentido de atender as especificidades das mulheres indígenas relacionadas às suas tradições, aos seus costumes, a sua forma de viver no território, discutindo sobre as estatísticas com relação a violência que não aparece, no que se refere às mulheres indígenas e sobre as estruturas de defesa e proteção dessas mulheres", explica Magnólia Said, coordenadora do Projeto Tucum no Esplar. “A ideia é que Maria da Penha possa dar voz a essas questões nos espaços aos quais ela está vinculada. Seja espaços relacionados ao poder público, seja o espaço do parlamento em nível estadual e/ou em nível federal”, afirma Magnólia.
Maria da Penha reforçou a necessidade dessas políticas públicas e da construção de espaços para que as mulheres indígenas possam ser encaminhadas a sair de situações de violência. “Essas políticas passam também a encorajar outras mulheres”, defende. Marciane Tapeba, Coordenadora da Articulação das Mulheres Indígenas do Ceará (AMICE) defende que “falar sobre violência doméstica é também falar sobre os nossos territórios, a gente não consegue fugir dessa pauta, nós precisamos cada vez mais falar sobre isso".
Para Juliana Jenipapo, Cacika Irê, vice-coordenadora da AMICE e representante das mulheres do Nordeste na Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA), essas articulações são importantes, pois “não basta só nós termos nossos territórios demarcados e homologados. É preciso que tenham políticas que sejam voltadas para que as mulheres, que tenham potencial de luta nesses territórios", defende.
O Projeto Tucum - a força da Resistência Indígena é uma iniciativa da Adelco e do Esplar, com o financiamento da União Europeia.
Fonte: Comunicação Adelco
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