Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional

29/05/2023 02:40:20
Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional

Informativo voltado às crianças, adolescentes, pais e professores que participam dos projetos ligados à Educação Ambiental.

Dessa vez o tema é Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional.

Este semestre refletimos com as crianças, adolescentes e familiares sobre o tema da soberania e segurança alimentar e utricional (SSAN). Não faltaram atividades, ideias e participação para trabalhar o tema. As crianças participaram de contações de histórias e assistiram a filmes infantis. Coloriram desenhos e fizeram atividades a partir de cartazes. Tempestades de ideias, relatos e vivências dos adolescentes foram compartilhadas, fazendo o conhecimento crescer sobre a produção de alimentos (roçados). O documentário “O Veneno Está na Mesa” também foi exibido nas atividades dos adolescentes, incrementando as discussões sobre o tema dos agrotóxicos. E, como não podia faltar, as crianças e adolescentes tiveram um momento para escrever uma mensagem para seus/suas respectivos/as amigos/as da Itália.

Refletimos sobre a importância da alimentação saudável, utilizando as sementes que vêm dos roçados das familiais das crianças sem a utilização dos agrotóxicos. Saber de onde vêm as sementes e o que utilizamos no processo de plantar nos dá a segurança de que o alimento é saudável. Definir o tempo para plantar e ter as sementes dos seus roçados ou das casas de sementes das comunidades para plantar dá a soberania/autonomia para os/as agricultores/as plantarem. 

Alimentação em casa e utilização de agrotóxicos

As crianças expressaram através das cartas que consomem alimentos que vêm dos roçados de suas famílias, como milho e feijão, além de muitas frutas e legumes dos quintais. O que sobra é vendido nas feiras das sedes dos municípios.

Durante o momento de conversa, algumas crianças relataram que os pais utilizam agrotóxicos. A partir desse ponto, refletimos junto com elas sobre a importância de se plantar sem o uso dos venenos. Muitas crianças declararam que seus pais não utilizam agrotóxicos. Outras disseram que seus pais usam “só para matar as formigas", “só quando precisa", “só um pouquinho".

E você, o que pensa?

Parabéns, Esplar!

"Semeando soluções, colhendo cidadania."

O Esplar – Centro de Pesquisa e Assessoria está completando 40 anos de existência. Semente por semente, vamos semeando junto às pessoas e instituições do meio rural um projeto de desenvolvimento onde os direitos humanos sejam garantidos e respeitados, pensando sempre na melhoria da qualidade de vida. E para desenvolver esse projeto, acreditamos que é preciso conservar e preservar o meio ambiente em que vivemos, livrando-o de ações que possam degradá-lo, como queimadas e/ou o uso de agrotóxicos (venenos). Acreditamos que é preciso combater qualquer tipo de violência, principalmente contra mulheres, crianças e adolescentes; assim como combater a discriminação de raça, etnia e geração. Apostamos na autonomia dos movimentos sociais, na soberania e segurança alimentar e nutricional.

Saiba Mais

O Esplar – Centro de Pesquisa e Assessoria é uma organização não governamental, sem fins lucrativos fundada em 1974. Hoje atua em 36 municípios cearenses e tem ações voltadas para a agroecologia e a serviço da agricultura familiar. Temos como público agricultores e agricultoras, crianças e adolescentes e professoras/es de escolas das comunidades rurais onde atuamos.

Tem gente nova na Educação Ambiental!

Olá pessoal!

Depois de uma parada estamos de volta com novidades!

Tem mais gente na Ação de Educação Ambiental nas Escolas e Comunidades. Além de Luciene Lopes, Neuma Morais e Raquel Sousa, chegaram para reforçar o time Maria Dantas e Paula Oliveira. Estava na hora de reforçá-lo, pois as ações são desenvolvidas em 70 escolas públicas localizadas em 87 assentamentos/comunidades/distritos que ficam em Canindé, Choró, Santana do Acaraú, Sobral, Quixadá, Nova Russas, Tamboril e Monsenhor Tabosa.

A equipe desenvolve ações relacionadas aos Diretos da Criança e do Adolescente nas temáticas agroecologia, soberania e segurança alimentar e nutricional, transporte escolar, água, igualdade de direitos entre meninos e meninas (gênero), e ambiente natural saudável e preservado. Atualmente participam diretamente das atividades cerca de 2.000 (duas mil) crianças, além de seus familiares; e 200 (duzentos/as) professores/as. Imagine como será o nosso Semiárido com todas essas pessoas conscientes dos seus direitos e preservando e conservando o ambiente? Será um lugar mais bonito e agradável para se viver.

Como me alimento?

Maria Larissa Nunes Paz

 

Larissa tem 10 anos de idade, é aluna do 5º ano e mora na comunidade São João da Conquista, no Município de Choró. O quintal de sua família é um colírio para os olhos! Lá tem mandioca, graviola, macaxeira, laranja, banana, coco, limão, sapoti, jerimum, goiaba, acerola, noni, mamão e ata. Tudo isso é consumido pela família, compartilhado com os vizinhos e utilizado para alimentar os animais. A água que a família de Larissa utiliza para as plantas vem do cacimbão que foi construído dentro do riacho que fica atrás do quintal dela. O cacimbão foi construído com recursos da família, que se preocupa com a falta de água.

Larissa, com quem você mora? Tem irmãos?

Moro com meu avô Francisco e minha avó Reginalda, eles são os pais do meu pai Francisco Giliarde. Meus pais são separados. Minha mãe, Maria das Dores, vem me visitar uma vez por ano. Meu pai casou, eu tenho um irmão pequeno. Meu pai vem sempre me ver. Meu avô é agricultor e minha avó é auxiliar de merendeira na escola.

O que eles plantam?

Milho, feijão, goiaba, melancia, pepino.. Ele não usa agrotóxico.

Você já participou de muitas atividades feitas pelo Esplar com as crianças?

Já participei várias vezes. Teve uma vez que a gente ganhou um concurso*; e do Transporte Escolar – onde aprendemos muitas coisas sobre o trânsito.

Você participou das atividades sobre segurança alimentar com o Esplar? Que atividades vocês fizeram?

Sim, participei na escola e foi muito bom. Pensamos sobre o que comemos, assistimos a um filme, escrevemos a carta e pintamos um desenho sobre alimentos.

E a atividade de teatro? Do que falava? Como era a história?

Teve uma história que falava da importância dos alimentos saudáveis. Dizia que o nosso corpo é um automóvel e precisa de combustível, o nosso é a alimentação e tem que ser boa. Quando a gente se alimenta bem a gente não adoece, tem saúde. A gente não pode comer muito bombom e picolé. Devemos também beber muita água, mas água limpa. Os animais e as plantas precisam de água se não eles morrem. Uma coisa importante é a gente não jogar fora alimentos e nem água e cuidar da natureza. Todo mudo tem que ter alimentos e natureza.

O que você aprendeu com essa história, e também sobre segurança alimentar durante as atividades?

Que devemos cuidar do meio ambiente e que temos que comer bem, sem agrotóxico e comer frutas e legumes.

Porque os alimentos são importantes para a saúde das crianças?

Para a gente viver bem e crescer com saúde.

Você come muitas coisas da sua Horta?

Sim. Coentro, tomate, pepino e goiaba.

Você acha que é importante comer alimentos saudáveis, sem veneno? Por quê?

Sim. Comendo alimentos saudáveis sem agrotóxico nós vivemos mais e com saúde.

Você fala para os seus pais o que você aprendeu com o Esplar? Eles fazem em casa o que você aprendeu? Por exemplo, não usar veneno nas plantas, preparar alimentos variados e saudáveis para comer?

Eu falo mais para minha avó o que eu aprendi no Esplar, que não devemos usar veneno. Eles falam para mim que devo comer só alimento saudável.

Depois dessas atividades com o Esplar, você passou a comer coisas que não comia antes?

Sim, comer mais frutas, verdura e a comer ata**

Isso que você está aprendendo com o Esplar, é importante para você? Por quê?

Tudo que eu aprendi no Esplar foi muito bom por que eu aprendi muitas coisas boas.

*A E.M.E São João Batista, onde Larissa estuda, participou de um concurso, através do Esplar, sobre meio ambiente. Promovido pela Textile Exchange, o concurso contou com a participação de crianças de vários países. Larissa fazia parte de um grupo participante, que criou um personagem para defender o planeta.

**Conhecida também como fruta-do-conde ou pinha.

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